Engenho criado pelo MIT simula a fotossíntese dos
vegetais, com 10 vezes mais eficiência que folhas
comuns (Foto: Cortesia Daniel Nocera)
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, conseguiram criar a primeira folha artificial possível de ser aplicada em larga escala. O engenho foi apresentado no 241º encontro da Sociedade Americana de Química, realizado nesta semana na cidade de Anaheim. Feito com células fotovoltaicas, possui o tamanho de uma carta de baralho.vegetais, com 10 vezes mais eficiência que folhas
comuns (Foto: Cortesia Daniel Nocera)
O invento imita a fotossíntese das plantas – processo pelo qual os vegetais transformam a luz solar e água com nutrientes em energia. Se abastecido com um galão de água durante um dia ensolarado, a folha pode gerar eletricidade suficiente para abastecer uma casa de um país desenvolvido, segundo o professor Daniel Nocera, líder da equipe que desenvolveu a folha.
A folha artificial não se parece com as originais encontradas na natureza. Ela utiliza níquel e cobalto para acelerar a separação da água em oxigênio e hidrogênio. A criação de Nocera é 10 vezes mais eficiente para fazer fotossíntese do que uma folha comum. Ela operou durante 45 horas em testes de laboratório, sem queda no rendimento.
Esta não é a primeira folha artificial a ser criada, porém é a única até hoje a ser feita com materiais baratos, disponíveis a qualquer pessoa.
A primeira folha artificial foi desenvolvida há uma década por John Turner, membro do Laboratório Nacional de Energia Renovável norte-americano. Apesar de eficiente para “imitar” a fotossíntese, o material era feito com metais raros e caros, além de ser muito instável – com vida útil menor que 1 dia.
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